quinta-feira, 14 de abril de 2011

O Técnico de Anatomia


Os técnicos de anatomia patológica, humana, citológica e tanatológica são profissionais de saúde cujas actividades principais consistem em avaliar, planear e processar amostras de tecidos e de células isoladas, colhidas em organismos vivos e mortos, para a sua observação óptica ou electrónica, a nível macroscópico e microscópico. O seu trabalho visa, sobretudo, o diagnóstico e o prognóstico de patologias na espécie humana, destacando-se como suas principais áreas de intervenção a histologia e a citologia

Preparar  cadáveres  e peças  anatômicas  humanas  e de animais  para estudos  e pesquisas,
bem como para entrega de cadáveres humanos a familiares e ou órgãos competentes.
Descrição detalhada das tarefas que compõem a Função

1.  Preparar  substâncias  empregadas  nas  técnicas  de  preparação  e  conservação  dos
cadáveres.
2.  Preparar  cadáveres  e  peças  anatômicas  para  exposições,  estudos,  pesquisas  e
exames. 
3.  Formalizar, embalsamar e  reconstituir cadáveres e peças anatômicas humanas e de
animais.
4.  Assessorar docentes e alunos em aulas práticas.
5.  Preparar cadáveres humanos para entrega a familiares e/ou a órgãos competentes.
6.  Manter os cadáveres em câmaras frias e ou tanques especiais.
7.  Supervisionar as atividades do setor.
8.  Obedecer à legislação específica no que se refere ao trato de cadáveres.
9.  Trabalhar segundo normas de segurança, saúde, higiene e preservação ambiental.
10. Zelar pela manutenção,  limpeza, conservação, guarda e controle de  todo o material,
aparelhos, equipamentos e de seu local de trabalho.
11. Participar de programa de treinamento, quando convocado.
12. Executar  tarefas  pertinentes  à  área  de  atuação,  utilizando-se  de  equipamentos  e
programas de informática.
13. Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função. 
Competências pessoais para a Função
1.  Demonstrar habilidade manual
2.  Iniciativa
3.  Demonstrar versatilidade
4.  Coragem
5.  Equilíbrio emocional
6.  Senso de observação
7.  Respeito com o cadáver
8.  Paciência  
Requisitos para ingresso
1.  Existência de vaga no Cargo e na Classe.
2.  Aprovação em concurso público de provas ou provas e títulos.
3.  Inspeção e avaliação médica de caráter eliminatório.
4.  Podem ser solicitadas outras exigências vinculadas ao exercício do cargo/função.
Para a concretização deste estudo, estes técnicos seguem uma metodologia muito específica.
A maioria dos profissionais trabalha no sector público, em laboratórios de investigação criminal, institutos de patologia e investigação, laboratórios de anatomia animal, estabelecimentos de ensino politécnico e universitário e, pontualmente, centros de saúde. No sector privado, trabalham em laboratórios que realizam análises de anatomia-patológica, quer por conta de outrem, quer por conta própria (sempre sob direcção técnica de um médico anatomo-patologista responsavel pelo setor ).
A recente abertura de várias escolas da area de saúde veio provocar um aumento do número de licenciados, levando  a oferta deste profissional: apesar de esta ser uma profissão em constante evolução técnico-científica, com novas áreas de intervenção e com uma afirmação positiva no mercado de trabalho, o excesso de oferta de formação é uma realidade e aumenta a competição entre as instituições de ensino, que muitas vezes sente a falta deste profissional.Ou seja, uma mão de obra especializada na preparação e dissecação de peças anatomicas, um cargo por muitos sitados em extinsão.
Para se exercer esta profissão, é necessário ter um curso em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica, e dissecação, fomalização, anatomia por imagem. Regra geral, esta formação compreende aulas teóricas, teórico-práticas, práticas e períodos de estágio. No seu início, integra  disciplinas gerais como anatomia, fisiologia, anatomia patológica (o estudo da doença), bioquímica e biofísica. À medida que o curso prossegue, aumentam o número de disciplinas especificamente relacionadas com esta profissão: a nível científico, histologia, imunologia, genética/biologia molecular, citologia e tanatologia médica e forense; e a nível técnico e processual, métodos e técnicas histoquímicas e citológicas, técnicas laboratoriais e metodologias de investigação. Além disso, é habitual incluir disciplinas complementares, tais como sociologia, ética ou deontologia, e ao final apresentação de uma aula publica, e apresentação de artigo cientifico, a comunidade cientifica.
A evolução profissional destes técnicos depende do tipo de entidade para a qual trabalham. Os que trabalham nos serviços públicos de saúde estão integrados na carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica, progredindo de acordo com o que está legalmente estipulado (Técnico de 2.ª Classe, Técnico de 1.ª Classe, etc.). Os critérios considerados para esta evolução, dependendo da categoria em questão, incluem número de anos e qualidade do serviço prestado, avaliação curricular e prestação de provas públicas. A progressão na carreira implica competências acrescidas, por exemplo, no âmbito da gestão dos recursos humanos e materiais, da coordenação e da avaliação das necessidades de um serviço hospitalar ou até da investigação. No decorrer da carreira, podem ocupar cargos de direcção de serviço ou de departamento. Caso exerçam funções de docência ou investigação em estabelecimentos públicos, evoluem, grosso modo, de acordo com os critérios definidos para a generalidade dos funcionários públicos, ou seja, com base no mérito evidenciado, no tempo mínimo de serviço e na existência de vagas
As condições físicas de trabalho são variáveis, dependendo da qualidade ambiental e da sofisticação tecnológica dos estabelecimentos onde trabalham. Os laboratórios em que desenvolvem a sua actividade são constituídos normalmente por espaços equipados com os aparelhos necessários para a realização dos diversos exames (microscópios ópticos, electrónicos e de fluorescência, micrótomos, câmaras diversas, etc.) e com condições que permitem cumprir as normas mínimas de segurança, higiene e saúde, estipuladas legalmente.

Tal como a maioria dos profissionais de saúde, estes técnicos estão expostos a algumas situações de risco, uma vez que lidam directamente com tecidos que poderão estar infectados (com tuberculose, HIV, viroses, etc.) e utilizam regularmente produtos irritantes, inflamáveis, tóxicos e/ou cancerígenos. Devem ter, por isso, uma preocupação constante com a sua protecção, por exemplo, através do uso de luvas e máscaras. Alguns destes técnicos chegam a deixar de executar algumas das suas funções ao longo da carreira, devido ao desenvolvimento de doenças profissionais graves. Por outro lado, existem condicionalismos que trazem algum stress ao seu quotidiano, nomeadamente quando são pressionados pela urgência na entrega de relatórios ou quando trabalham no domínio do exame de fragmentos de cadáveres (tanatologia).
Na Bahia hoje, so há um técnico deste nivel, Vilma Lambert de Carvalho, trabalha com anatomia há 27 anos iniciando na Universidade Estadual de Santa Cruz ( UESC ) – Ilhéus – BA, e á 6 anos nas faculdades: UNIME, FTC, na cidade de Itabuna – BA. Atualmente  gozando de sua lisença preio.

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